sábado, 28 de janeiro de 2012

Moradores do 3º Distrito insatisfeitos com a CEDAE

Flávio Azevedo

Reunidos na sede da Associação de Moradores do Basílio (AMOBA) na noite do último dia 13 de janeiro, moradores do 3º Distrito, que também inclui as localidades de Parque da Luz, Parque das Acácias, Parque Indiano, Flor dos Cambucás, Braçanã e adjacências, debateram os “péssimos” serviços prestados aos moradores locais pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e outros assuntos. Segundo o presidente da AMOBA, Valderli Caetano, “além de termos um fornecimento de água precário, nós soubemos que a água de Braçanã será desviada para abastecer Tanguá”, reclamou o líder comunitário.

Durante o encontro, a notícia de que a Câmara de Vereadores aprovou por unanimidade a concessão das águas de Rio Bonito para a Cedae gerou indignação. “Nós estamos realmente abandonados! Como que fazem uma coisa dessas sem uma consulta popular? Não seria o caso de fazer uma audiência pública para saber a nossa opinião?”, reclamaram os presentes.

Para o líder comunitário Valderli Caetano, “essa história de que o 3º Distrito será abastecido com a água do Centro da cidade não pode ser levada a sério”. De acordo com ele, “sendo abastecidas com a água de Braçanã, as nossas caixas já ficam secas, imagina com água vinda de Rio Bonito. Nós sabemos que constantemente falta água no Centro da cidade, nos bairros próximos como Mangueirinha, Cidade Nova, Monteiro Lobato, Praça Cruzeiro e até no Green Valley”, criticou.

Morador de Braçanã há mais de 30 anos, o proprietário rural Gutenberg Miranda, de 77 anos disse que a água está acabando. “Estou ouvindo comentários de que a água de Braçanã será canalizada para Tanguá. Mas vão levar o que se os nossos mananciais estão secando? Por causa da ação predatória do homem, os impactos ambientais já são nossos velhos conhecidos, se ficarmos sem água, porém, nós sentiremos os impactos econômicos. Eu confesso que eu não sei o que é pior”, lamentou o sitiante.

Outros problemas

Problemas com o Correio, “que não entrega correspondências por problemas com o endereço”; o Posto de Saúde de Braçanã, “sem funcionar há cerca de três anos”; terreno baldio no Parque da Luz, “que está virando uma lixeira”; estradas sem manutenção; urbanização do Salto de Braçanã, “promessa que não sai do papel”; e a necessidade de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA), são reivindicações que também foram apresentadas. A subsistência, porém, é o que preocupa os determinados moradores de Braçanã.

– Um dos problemas de Braçanã são as carvoarias. Entretanto, os moradores que ainda insistem em morar por lá precisam sobreviver. E, para que não escolham viver do carvão, decidimos fazer um curso de beneficiamento de banana frita e banana passa. O projeto, porém, foi embargado por uma técnica da Emater, sob o argumento de que as instalações estavam inadequadas. Fomos obrigados a parar – denunciou o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Braçanã (Apronã), Eduardo Marmo.

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