quinta-feira, 9 de junho de 2011

O bem amado

Por Flávio Azevedo - Reflexões

O espetáculo “O Bem Amado”, apresentado nos últimos fins de semana de maio e início de junho, no Espaço Cultural Lona na Lua, foi empolgante e atraiu grande público.

As pessoas compareceram em massa, numa demonstração de que o riobonitense, ao contrário do que afirmam alguns, GOSTA DE TEATRO, sim. No dia 5 de junho, último dia da temporada, a casa estava cheia, não havia lugares e o número de pessoas que assistiam, de pé, era grande.

Na penumbra, próximo a banda, eu observava o rosto e a reação das pessoas. Eu percebi uma grande maioria que dá gargalhada diante de algumas críticas e insinuações muito próximas da realidade; mas também observei algumas fisionomias empalidecidas e retraídas ao se reconhecerem no que está sendo dito pelos atores em cena.

É a arte fazendo pensar, refletir e até mudar. Diante dessa lógica, fica muito fácil saber o motivo dos investimentos nessa direção serem mínimos, e às vezes, nenhum! Aliás, nunca é demais lembrar, que foi na segunda metade dos anos 90, que a Secretaria Municipal de Cultura de Rio Bonito foi fechada e transformada num Departamento sem graça – e sem recursos – da Secretaria de Educação.

Mudar essa realidade é urgente e deveria ser prioridade dos governantes em todas as suas esferas de poder. O contrário disso, é contribuir diretamente para a formação de novos "Odoricos", "Cajazeiras", "Dirceus Borboletas", "Zé Diabos", "Donas Gordinhas", "Donas Graças", entre outros. A propósito, como perguntar não ofende, permitir que nós continuemos em Sucupira interessa a quem?

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