domingo, 15 de maio de 2011

Vereadores fazem Sessão Solene em clima de calmaria e tranquilidade

Flávio Azevedo

Depois de muita turbulência, troca de ofensas e acusações, suspeitas e até agressões físicas, a Câmara Municipal de Rio Bonito realizou na noite do último dia sete de maio, a tradicional Sessão Solene sem sobressaltos. Na ocasião, os parlamentares homenagearam pessoas que se destacaram na cidade com a medalha Carlos Cordeiro e o Título de Cidadão Riobonitense.

A sessão foi realizada no plenário Zely Miranda, na própria Câmara Municipal. Dezenas de pessoas prestigiaram o evento. Os vereadores Humberto Belgues (PSDB), Saulo Borges (PTB) e Fernando Soares (PMN), que não reconhecem o vereador Marcus Botelho como presidente da Casa, não compareceram a solenidade.

Destaque para os títulos de “Cidadão Riobonitense” que foram oferecidos ao médico Natalino Rotondaro; a coordenadora da Sala de Amamentação e Posto de Coleta de Leite Humano do município, Edite Coutinho do Carmo; o desportista Marcelo Mollica e o prefeito de Silva Jardim, Marcello Zelão (PT).

Já entre os homenageados com a medalha Carlos Cordeiro, destacamos o poeta, escritor, advogado e jornalista, Leir Moraes; a poetisa, escritora e bibliotecária, Maria do Carmo Soares Cordeiro (Carminha); o professor Gelson Gomes Carneiro de Souza; e o empresário, Vitor Hugo Paixão Ximenez.

Discursos

O Procurador Geral do município, Leandro Weber (foto ao lado), um dos palestrantes da noite, destacou como “ato visionário” a desapropriação de uma área de 1 milhão de m² que vai preparar Rio Bonito para o futuro. “O progresso está por vir e nós estaremos prontos para ele”, disse. Já a homenageada Maria do Carmo Cordeiro, em seu discurso, fez um link dos vultos da Cultura riobonitense do passado com os personagens do presente, citando o projeto Lona na Lua. “Que Rio Bonito continue sendo berço de poetas e poesias”.

O prefeito Marcello Zelão (foto ao lado) se disse lisonjeado com a homenagem, destacou que Rio Bonito e Silva Jardim são municípios “irmãos”, revelou que passou boa parte da sua juventude na cidade, “onde, inclusive me casei”; e descontraiu o ambiente agradecendo ao prefeito José Luiz por ter trazido a Receita Federal para Rio Bonito, “porque quando eu deixar de ser prefeito eu vou trabalhar aqui”, disse.

Depois do chefe do Executivo silvajardinense, o professor Gelson de Souza (foto ao lado) roubou a cena com um discurso firme e contundente. Em sua fala, ele criticou “os baixos salários dos professores; a perseguição desenfreada a imprensa e jornais locais; a falta de incentivos a novas iniciativas culturais, como a que temos acompanhado com o Projeto Lona na Lua; o aluno que foi pego com uma arma em sala de aula; os embates pela presidência da Câmara”, entre outros assuntos. Embora seja professor, Gelson é auxiliar de secretaria no Colégio Municipal, mas vem realizando eventos importantes, como o simpósio de Educação em 2009 e o seminário de Educação, em 2010.

O prefeito José Luiz Antunes (DEM) elogiou o clima de tranquilidade entre os edis; parabenizou os homenageados; agradeceu o desembargador Carlos José Martins Gomes, “pelo empenho para que Rio Bonito tivesse um novo Fórum”; e destacou a importância da aquisição da Receita Federal, e do Corpo de Bombeiros para o município. Já o vice-prefeito Matheus Neto (foto à direita) destacou os avanços na Saúde e citou a importância da escola que está sendo construída na entrada da Caixa D’Água. “São investimentos importantes em Saúde e Educação”, avaliou.

Manuel Duarte: o exemplo

O desembargador Carlos José Martins Gomes (última foto), um dos oradores na noite, discorreu sobre Manuel Duarte, “que nasceu em Rio Bonito há 134 anos e foi exemplo para todos nós”.
– Ele foi jornalista, escritor, mas se destacou na política. Eleito em 1927 para o cargo de presidente do estado do Rio de Janeiro, foi tirado do poder em 1930, por conta da revolução, saindo, porém, mais pobre do que quando entrou. Em 1940, Manuel Duarte recebeu uma pensão para poder sobreviver, porque não tinha bens – contou o Carlos José.

O desembargador concluiu com uma alegoria muito oportuna: “Antigamente existia uma sineta na cadeia municipal. Quando ela tocava as pessoas paravam tudo e para lá se dirigiam para saber o que estava acontecendo. Quando a sineta da nossa consciência tocar, que nós possamos parar e repensarmos as nossas lides”, alertou.

O vereador Marcus Botelho, que presidiu a sessão, antes de concluir a solenidade discorreu sobre as dificuldades dos últimos dias, disse que “Deus nos ajudou a estar aqui”, prometeu “um poder Legislativo em consonância com o Executivo”, enalteceu a firmeza do seu grupo de vereadores e concluiu a solenidade dando a entender que percebeu onde o desembargador Carlos José quis chegar: “depois de ouvirmos falar de Manuel Duarte, a nossa responsabilidade aumenta”, finalizou.

Um comentário:

  1. Parabéns professor,temos o maior orgulho de contar com profissionais como você nos quadros do magistério de Rio Bonito.Continue assim, sonhando e realizando.

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