segunda-feira, 30 de maio de 2011

I Have a Dream

Por Flávio Azevedo - Reflexões

No dia de hoje, eu não poderia deixar de parafrasear o ativista Martin Luther King Jr. Acredito que o meu sentimento é similar ao dele quando proferiu o famoso discurso “I Have a Dream”, que significa: “Eu Tenho um Sonho”. Para quem não sabe, King era pastor protestante e seguidor da ideia de desobediência civil não violenta pensada e defendida pelo líder político indiano Mahatma Gandhi. Ele aplicava essas ideias nos protestos organizados pelos negros norte americanos que lutavam contra a segregação racial, nos Estados Unidos da América.

Para lutar contra esse sistema, Martin Luther King organizou e liderou marchas e manifestações. O que me leva e escrever essas reflexões é perceber que esse dia 30 de maio de 2011 pode ser o divisor de águas na vida sócio-política de Rio Bonito. A partir das 9h, da manhã, na Praça Fonseca Portela nós iremos participar da maior demonstração de luta pela liberdade da história do nosso município. Eu não dúvida que esse dia que entrará para a história.

Há 165 anos, Rio Bonito era elevado à condição de município. Se em seu discurso histórico, Martin Luther King fez referência a “Abolição da Escravidão”, lei que 100 anos depois de sancionada, não havia sido instituída de fato, eu destaco que Rio Bonito, 165 anos depois da sua emancipação político-administrativa ainda não é um município de fato.

Penso que nos anos 50, e início da década de 60, a sociedade civil organizada estava trabalhando para transformar Rio Bonito num município de fato. Mas o Golpe Militar de 64 arrefeceu esse, e outros movimentos sociais e culturais que floresciam naquela época.

Eu me refiro a criação de entidades assistenciais – e não assistencialistas – como o Hospital Regional Darcy Vargas; os asilos Lar Maria de Nazareth e Casa São Vicente de Paulo; a creche Nossa Senhora da Conceição; os Alcoólicos Anônimos; e entidades esportivas da envergadura de Motorista, Cruzeiro, Proletário (hoje, Rio Bonito Atlético Clube), Esporte Clube Fluminense, entre outros.

Tudo isso surgia como um grande farol de esperança para milhares de riobonitenses que tinham sido marcados a ferro nas chamas da falta de oportunidade. O jornal “O Estado”, da cidade de Niterói, publicado no dia sete de maio de 1946, trazia a seguinte manchete: “Centenário de Rio Bonito, a Canaã Fluminense”. Segundo aquela reportagem, o crescimento econômico alcançaria a cidade em pouco tempo.

Cerca de 60 anos depois, porém, ainda não somos livres. Estamos todos tristemente algemados pelo “não é comigo” e acorrentados pelo “deixa isso pra lá”. Vivemos numa ilha de pobreza sócio-política, porque a cidade só entra na rota dos políticos na época das eleições. Vivemos exilados em nossa própria terra. Na verdade, a Manifestação Pró-Segurança vem expor e dramatizar essa vergonhosa condição.

Hoje, nós exigimos que as palavras, Liberdade, Igualdade e Fraternidade, base de toda e qualquer democracia, e alicerce da nossa Constituição, nos alcance. Nesta manhã (30/05), riobonitenses, pobres, ricos, jovens, adultos, velhos, crianças, homem e mulher... Querem ver garantidos os seus direitos inalienáveis. Nós nos recusamos a acreditar que o estado do Rio de Janeiro não tenha condições prover Segurança Pública para o riobonitense.

Hoje é o tempo de subir do vale escuro e desolado do comportamento provinciano, para o iluminado caminho da Justiça social, política e administrativa. É chegada a hora de erguer a nossa cidade das areias movediças da desigualdade para a pedra sólida da fraternidade, uma realidade que desejamos para os nossos filhos.

Depois da morte do nosso amigo Américo e dos incontáveis crimes que têm atingido a nossa indefesa população, seria fatal negligenciarmos a urgência desse momento. Este descontentamento não passará a até que haja entre nós a sensação de liberdade e igualdade. Não haverá tranquilidade nem descanso em Rio Bonito, até termos garantida a nossa cidadania.

Devo advertir ao meu povo, porém, que nesse processo não devemos ser culpados por atos errados. Não podemos satisfazer nossa sede de Justiça bebendo da xícara da amargura e do ódio. Precisamos conduzir a nossa luta num alto nível de dignidade. Não devemos permitir que o nosso protesto se degenere em violência. Aliás, aqueles que zelam pela Segurança têm o destino atrelado ao nosso. Eles sabem que atuarão de maneira muito mais digna se as nossas reivindicações forem atendidas.

Amigo riobonitense, não podemos parar essa caminhada, precisamos marchar sempre à frente e não podemos voltar atrás.

Eu tenho esse sonho, hoje!

domingo, 29 de maio de 2011

José Mariano Beltrame fala sobre UPPs e cobra investimentos sociais' nas localidades pacificadas

Fonte: O Globo

Quase como um ritual de batismo, ao assumir a Secretaria de Segurança do Rio, em 1º de janeiro de 2007, o delegado José Mariano Beltrame ouviu de empresários e de representantes de órgãos públicos de todas as esferas de governo um conhecido discurso: o de que a falta de segurança e a presença de grupos armados impediam investimentos sociais nas favelas cariocas.

Hoje, 17 UPPs depois e diante da expectativa de 300 mil moradores das favelas pacificadas, ávidos por dignidade, é a vez de Beltrame reclamar. Mostrando uma angústia incomum para um homem normalmente fechado e se dizendo chateado com a demora na chegada de investimentos sociais e de infraestrutura às comunidades, o secretário falou ao GLOBO sobre os objetivos do programa das Unidades de Polícia Pacificadora, anunciou novas metas para o próximo triênio e alertou para o problema da falta de participação da sociedade na inclusão das favelas:
– Nada sobrevive só com segurança. Não será um policial com um fuzil na entrada de uma favela que vai segurar, se lá dentro das comunidades as coisas não funcionarem. É hora de investimentos sociais.

OPINE: Em que a sociedade pode contribuir para o sucesso das UPPs? Que balanço o senhor faz hoje das UPPs?

JOSÉ MARIANO BELTRAME: Embora as UPPs estejam agradando, eu tenho meus temores em relação ao pós-UPP. Aquilo a que efetivamente a UPP se presta nada mais é que proporcionar, viabilizar a chegada da dignidade ao cidadão. Essa é a razão da existência da UPP: criar um terreno fértil para a geração de dignidade. É isso que vai garantir o projeto, e não apenas a presença da polícia.

O senhor não acredita então que as UPPs estejam garantidas?

BELTRAME: Se não houver investimentos maciços na dignidade dos cidadãos, na geração de perspectivas para aquelas pessoas, não digo que o programa vá dar errado, mas não é a polícia que vai garantir o sucesso de tudo isso. A UPP criou um ambiente para a sociedade começar a pagar a dívida que todos temos com essas áreas até então excluídas.

O senhor está sempre percorrendo as UPPs. Sente-se o administrador do programa?

BELTRAME: A gente cuida do projeto como se fosse um filho. O melhor feedback é ouvir os moradores dessas comunidades. As reportagens sobre UPPs são ótimas, mas é ainda melhor ouvir das pessoas frases assim: “Secretário, meu netinho vai fazer 2 anos. O senhor acredita que até agora ele nunca ouviu um só tiro?”

O que o senhor vê que o angustia?

BELTRAME: Na Cidade de Deus, por exemplo, vi lixão a céu aberto, porco e criança vivendo no mesmo ambiente, que parece Bangladesh. Há muita sujeira, muita desordem na questão habitacional. Fizeram uns conjuntinhos de qualidade muito baixa e entregaram aquilo à população, que hoje começa a fazer puxadinhos. Parece que ali não há ninguém fiscalizando. Aí o que acontece? Nesses lugares, a PM, através do capitão (comandante da UPP), se torna a presença física do Estado, 24 horas por dia. As pessoas vão lá no capitão reclamar do puxadinho, da van clandestina, do piloto de moto que faz transporte e não tem capacete. Isso desgasta o capitão, porque eles vão lá cobrar coisas que não são da competência da polícia.

Que critérios têm de ser definidos para garantir o sucesso do projeto?

BELTRAME: Talvez a garantia de que essas comunidades vão passar a contar com luz, sistema de esgoto e água, além de coleta de lixo. O sucesso do projeto depende de investimentos maciços, e estes não estão sendo feitos na velocidade necessária.

O senhor se sente responsável pelas 300 mil pessoas beneficiadas diretamente pela pacificação. Isso lhe tira o sono?

BELTRAME: Isso me preocupa. A UPP mexe com o que há de mais valioso nas pessoas, que é a esperança. E a gente precisa ter senso de responsabilidade. Essas pessoas, com a chegada da polícia, podem começar a pensar que agora o Estado está presente ali. E esse Estado tem que se apresentar de forma mais palpável, de um jeito forte. É algo que me preocupa porque a gente está mexendo com o imaginário das pessoas. Isso não é brincadeira.

O senhor vive a angústia dessas pessoas que esperam por melhorias?

BELTRAME: Vivo. Eu vivo essa angústia. Vou lá nas comunidades e saio mal com certas coisas que vejo. Mas também saio muito gratificado por outras coisas, como o depoimento daquela avó a que me referi antes.

Essa falta de perspectivas prejudica o seu trabalho?

BELTRAME: Eu acho que sim, porque as pessoas passam a ver na construção da esperança aquele homem fardado. E só. É nele que as pessoas vão. Então começam a perguntar ao capitão por serviços que são da Cedae, da Light, da CET-Rio. Hoje, por exemplo, eu tenho policiais que, mesmo estando de serviço, dão aula de esportes. Eu apoio essa iniciativa, porque não vou deixar as crianças sem esporte. Mas gostaria que o responsável por esse setor assumisse essa tarefa, me liberando dois ou três policiais para exercerem a sua função.

Mas o senhor não conta com a parceria de empresários?

BELTRAME: Tenho grandes parceiros, como a OGX, do Eike Batista. Tenho a Firjan e a Light. As suas ações são visíveis nessas comunidades. Eu posso estar cometendo uma injustiça, mas agora tudo é o Complexo do Alemão, onde não há UPP. Eu gostaria que tudo que está acontecendo no Alemão ocorresse nas comunidades com UPPs na Tijuca e em outros bairros. Mas foi tudo para o Alemão. Até banco já abriram lá. Poderiam abrir no Morro dos Macacos, no Salgueiro.

O senhor pede ajuda ao governador Sérgio Cabral, reclama com ele?

BELTRAME: Peço, reclamo. O governador liga para essas pessoas, para os secretários, é um parceiro meu.

Na UPP Social, o que o senhor considera mais urgente?

BELTRAME: Eu não gosto do nome UPP Social. UPP é UPP. Falaram em alguma entrevista e colou, mas sou contra, porque a UPP não é social, ela proporciona o social, permite que o social aconteça. Além disso, se a UPP Social começar a não acontecer, pode me levar junto. E eu não quero isso.

O senhor teme pela sobrevivência do projeto se não houver a participação de outros setores?

BELTRAME: Eu acho que nada sobrevive só com segurança. Não será um policial com um fuzil na entrada de uma favela que vai segurar, se lá dentro das comunidades as coisas não funcionarem. É hora de investimentos sociais. Quando me perguntam o que podem fazer, eu digo: vá lá e veja. Pode entrar, pode visitar. Uma pessoa sozinha talvez não consiga fazer muito, mas se houver outras... Posso estar enganado, mas acho que o ambiente que nós temos hoje permite que a gente pense grande.

Em algum momento o senhor pensou em abandonar o cargo?

BELTRAME: Nunca pensei, a gente tem proposta. Eu achava que no fim do ano era o momento em que poderíamos sair. Digo poderíamos porque não estou sozinho. Isso talvez fosse bom para mim, José Mariano. Mas temos projetos. Sair seria uma coisa egoísta. Não vou jogar a toalha. Eu brigo muito, mas isso desgasta.

O estado não poderia dar incentivos a empresas que quisessem investir maciçamente nas comunidades?

BELTRAME: Eu acho que você precisa perguntar isso ao Villela (o secretário estadual de Fazenda, Renato Villela). Acho que já viram o resultado da política de segurança na saúde pública. Na medida em que as pessoas dão menos tiros, há menos mortos e menos feridos (atendidos nas emergências dos hospitais). A rede hoteleira às vezes me acena, dizendo que o resultado é fantástico.

O senhor acha então que, se a prefeitura ou os empresários não colaborarem, o projeto das UPPs ficará capenga?

BELTRAME: O que eu quero é fomentar o programa, para que ele decole definitivamente. Acho que, quanto menos dignidade tiver o cidadão, mais difícil será. Você pode fazer um cinturão de policiais para manter a ordem, mas também não é isso que a sociedade quer.

E a vida pessoal, como fica?

BELTRAME: Eu não tenho tempo para eles (mulher e filhos). Hoje, o meu programa preferido, que já é difícil, é ficar em casa dormindo. Mas fico muito feliz de ir à rua e as pessoas me cumprimentarem. Eu sou muito agradecido.

Quais as próximas metas?

BELTRAME: Trabalhar firme em cima do desvio de conduta, da corrupção. Investir ainda em tecnologia, educação e capacitação, que são tão difíceis. Estudar como realizar ocupações como a do Alemão, como fazer UPPs. É abrir os currículos, ver quem são os professores, rever com eles disciplina por disciplina. Vamos rever tudo, os cursos de formação de praças, de oficiais, de delegados, de inspetores.

Até alguns anos atrás, a polícia pagava a informantes com materiais apreendidos em operações. Essa polícia está mudando?

BELTRAME: Talvez esse não seja um trabalho para um secretário. Mas nesse sentido as UPPs também me empolgam. Durante mais de 40 anos, nossa política era de entrar e sair das comunidades, com três facções criminosas brigando entre si e com a polícia. E o que aconteceu? Acabamos tendo, ao longo de décadas, uma polícia para fazer guerra, e não para prestar serviços. Agora nós já temos uma polícia prestadora de serviços.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quem será o próximo?

Por Flávio Azevedo

Quer saber? Danem-se as regras do jornalismo, que dizem que o jornalista não pode fazer uma matéria opinativa. Pensando assim, formulamos algumas perguntas para a nossa reflexão:

Até quando nós continuaremos expostos a violência em Rio Bonito?

Até quando a nossa cidade, que teria cerca de 55 mil habitantes, continuará contando
com um efetivo de seis policiais militares?

Até quando vamos ficar pensando que a criação do cargo de Agente de Trânsito resolverá os nossos problemas?

Até quando nos conformaremos com a inércia do poder público em todas as suas esferas de poder?

Até quando a prerrogativa do mandato continuará sendo utilizada para “aliviar” a barra de veículos irregulares?

Até quando vamos achar natural, pequenas ilegalidades, só porque nos convém?


Uma rápida retrospectiva no noticiário riobonitense mostra que, além das diárias ‘saidinhas de banco’, crimes importantes não foram esclarecidos nos últimos anos.

Em 2006, por exemplo, no dia 1º de agosto, o prefeito José Luiz Antunes sofreu um atentado enquanto almoçava num restaurante da cidade, e... Nada foi feito! Prenderam uns ladrões de galinha. Mas... E o mandante?

Em 2008, num dia 24 de julho, a empregada doméstica Marivanda Oliveira levou um tiro na cabeça, também por conta de uma “saidinha de banco”. Ela havia acabado de sacar R$ 4,6 mil numa agência bancária, e... Nada foi feito.

Na última segunda-feira (23), o empresário Carlos Américo de Azevedo Branco, de 45 anos, foi assassinado quando saia de uma agência bancária, por volta das 13h. A suspeita é que ele tenha sido vítima do crime da moda: a “saidinha de banco”.

Diante desse quadro, parte da sociedade civil organizada reagiu e organizou uma manifestação que contou com a participação de 400 pessoas. O objetivo do movimento foi cobrar das autoridades mais segurança e aumento do efetivo policial. A passeata partiu do Posto Luanda, às 18h, percorreu as principais ruas da cidade e encerrou em frente a academia do saudoso Américo, que foi aplaudido pelos manifestantes em vários momentos durante a passeata.

Concluída a manifestação, acompanhado do comandante da 3ª CIA da PM, Cap. Odair Vianna, o comandante do 35º BPM, Ten. Cel. César Augusto Tanner de Lima Alves, teve um rápido encontro com os idealizadores da passeata. Em suas explicações, até muito razoáveis, o coronel tentou justificar o injustificável, e trouxe à tona, conceitos e reflexões que já são sabidos, já foram exaustivamente abordados em inúmeras reuniões, mas a alta cúpula da polícia e, sobretudo da Justiça Fluminense, não quer assumir, aceitar e/ou tentar resolver.

Vale ressaltar que a solução desses problemas transcende ao 35º BPM, que atende a população na medida do possível – em alguns momentos são heróis. Entretanto, acreditamos que a falta de vontade política em nossa cidade seja mais grave que a falta de policiais militares.

Sugestão às autoridades: que tal transformar aquele teatro político, apresentado por ocasião da inauguração da Delegacia Legal, em realidade? Rio Bonito agradeceria!

domingo, 22 de maio de 2011

Rio Bonito/Marajó se reabilita no Carioca de Futsal Feminino e vence o Vasco por 6x3

Flávio Azevedo

Em jogo válido pela segunda rodada do Campeonato Carioca de Futsal Feminino, o Rio Bonito/Marajó (foto 1) venceu o Vasco da Gama, pelo placar de 6x3. Estela (3), Karen (2) e Samara, marcaram os gols do Rio Bonito/Marajó. Cristiane (2) e Kerolin descontaram para o Vasco. A partida aconteceu na noite da última sexta-feira (20), no Ginásio Antonio Figueiredo, no Rio Bonito Atlético Clube. O Rio Bonito/Marajó volta à quadra no próximo sábado (28), às 18h, para enfrentar o Fluminense Atlético Clube, em Niterói.

Na última sexta-feira, no confronto com o Vasco, o jogo foi emocionante do início ao fim. Embora a equipe cruzmaltina tenha vindo para a partida apenas com cinco atletas, não foi uma presa fácil para o Rio Bonito/Marajó, que contou com Estela em noite inspirada. Autora de três dos seis gols da vitória, a ala esquerda não havia apresentado um bom futebol na primeira rodada, deixou a torcida desconfiada, mas contra o Vasco fez uma exibição de gala e conquistou o coração do torcedor alvianil.

De acordo com Estela (foto 2 - com a bola), o Rio Bonito/Marajó entrou muito confiante pelo fato do Vasco estar apenas com cinco atletas. Ela ressaltou a necessidade de continuar jogando para ganhar entrosamento e afirmou que somar pontos nas partidas disputadas dentro de casa é importante para conseguir classificar para a próxima fase.

Questionada sobre a atuação abaixo da crítica, da primeira rodada, ela reconheceu que não esteve bem, disse que na partida de hoje ela já havia conseguido jogar melhor e afirmou que “ao longo da competição nós vamos continuar evoluindo, porque haverá mais entrosamento e os resultados positivos irão aparecer”.

Outro destaque da partida com o Vasco foi Teka (foto 3), que também não havia feito uma boa estreia. Uma atleta completa, que atua na ala direita, consegue aliar velocidade, habilidade e arranque. Segundo ela, a partida de estreia deve ser esquecida.
– Nós estamos nos conhecendo agora, ganhando entrosamento e sabemos que podemos render um pouco mais. Acho, porém, que a troca de experiências entre as jogadoras de Rio Bonito e àquelas que vieram reforçar o grupo será importante para melhorar o nível do futsal dessas atletas e também do futsal da cidade – analisou.

Vasco desfalcado

De acordo com a jogadora Fabiane, goleira do Vasco, os desfalques da nau cruzmaltina aconteceram porque muitas atletas não saíram do trabalho a tempo de embarcar para Rio Bonito ou tinham aula na faculdade nesse horário. Ela revelou que joga como pivô, “mas como eu estou com o tornozelo machucado, o técnico decidiu botar a goleira na linha e me trazer para o gol. Apesar da derrota, a nossa equipe está de parabéns pela luta”, disse.

O Rio Bonito/Marajó começou a partida jogando com Natália, Estela, Mary, Karen e Samara. As suplentes foram: Teka, Kerla, Salsicha, Verônica, Camila, Jaqueline e Lorinha. Treinador: Cabeça. Já o Vasco jogou com Fabiane, Cristiane, Joyce, Lya e Kerolin, que são treinadas por Moisés Matos.

A arbitragem foi de Arnaldo Luis de Oliveira Loureiro, que atuou auxiliado por Alexandre Limeira. A anotadora foi Gabriela Irsa Rech de Aguiar e a cronometrista Patrícia Machado Saldanha.

A rodada

Nos outros jogos válidos pela segunda rodada, o Fluminense venceu o Bradesco pelo placar de 4x3; e o Mackenzie derrotou a equipe da Faculdade Paraíso por 7x3. No próximo fim de semana, além de Rio Bonito/Marajó x Fluminense, o Bradesco enfrenta a Faculdade Paraíso e o Vasco tenta se reabilitar contra o Mackenzie.

Encerrada a segunda rodada, o Mackenzie lidera com seis pontos. O vice-líder é o Fluminense, com quatro. Na terceira colocação está o Rio Bonito/Marajó, que tem três pontos. O quarto colocado é o Bradesco, com um ponto; o quinto é o Vasco também com um ponto. Segurando a lanterna, aparece a Faculdade Paraíso, que até agora somou apenas um ponto na competição.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Primeira Copa Gladiador de Jiu-Jitsu é sucesso

Flávio Azevedo

Cerca de mil pessoas, entre competidores, praticantes de artes marciais e admiradores de atrações do gênero prestigiaram a primeira Copa Gladiador de Jiu-Jitsu. O evento, que entrou para o cenário esportivo de Rio Bonito, foi realizado no último dia 17 de abril, no Motorista Futebol Clube e teve a organização dos desportistas Uanderson Brito e Ricardo Abrahão. Uma das novidades da competição foi a utilização de dois placares digitais, algo inédito na região.

A Copa foi realizada na categoria Absoluto, onde não existe limite de peso para competir. A premiação, em dinheiro, atraiu atletas de todo o estado do Rio de Janeiro e de outros centros, como Rio Grande do Sul.

A competição ainda contou com a presença do tricampeão mundial e pentacampeão brasileiro José Carlos Souza da Silva, da Equipe GFTeam, que venceu a categoria Absoluto Marrom/Preta, após vencer três lutas.

Contabilizando os pontos conquistados por todos os atletas, a Gracie Humaitá conquistou o troféu de campeã por equipes. A segunda colocação ficou com a Carlson Gracie, seguindo da Nova União.

O campeão Absoluto Faixa Roxa foi o lutador Misael Miranda, da Equipe Luiz Paulo.

Fotos: Revista Cidade em Foco, Ivan Stein

Pe. Fábio de Melo e Zezé di Camargo e Luciano são as principais atrações dos 178 anos de Itaboraí

Flávio Azevedo

A última semana de comemorações pelo aniversário dos 178 anos de emancipação político administrativa de Itaboraí será fechada com grandes shows. Além dos desfiles cívicos escolares, que ocorrerão nos bairros de Venda das Pedras e no centro da cidade, a Secretaria de Esporte e Lazer preparou a seguinte programação:

Dia 19/05 (quinta-feira) – Pe. Fábio de Melo;
Dia 20/05 (sexta-feira) – Cantor evangélico André Valadão;
Dia 21/05 (sábado) – Banda Restart;
Dia 22/05 (domingo) – Zezé di Camargo e Luciano.

Todos os shows são gratuitos e acontecerão a partir das 20h no Centro de Apresentações, na Avenida 22 de maio, Rio Várzea!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Professor rouba a cena na Sessão Solene da Câmara de Vereadores

Flávio Azevedo

O professor Gelson Gomes Carneiro de Souza, do Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça (atua como auxiliar de secretaria), roubou a cena na Sessão Solene da Câmara Municipal de Vereadores de Rio Bonito, do dia 7 de maio – data do aniversário da cidade. O professor foi homenageado pela vereadora Rita de Cássia (PP) com a medalha Carlos Cordeiro, honraria oferecida àquelas pessoas que de alguma forma tenham se destacado no município.

Embora seja professor, Gelson é auxiliar de secretaria no Colégio Municipal, mas vem realizando eventos importantes, como o simpósio de Educação em 2009 e o seminário de Educação, em 2010, ambos sempre lincados a unidade escolar que atua.


Convidado para fazer uso da palavra, o professor fez um discurso firme e contundente. Em sua fala, ele criticou “os baixos salários dos professores; a perseguição desenfreada a imprensa e jornais locais; a falta de incentivos a novas iniciativas culturais, como a que temos acompanhado com o Projeto Lona na Lua; o aluno que foi pego com uma arma em sala de aula; os embates pela presidência da Câmara”, entre outros assuntos.

Confira o discurso do professor Gelson:

Senhor presidente Marcus Botelho, senhor prefeito José Luiz Alves Antunes, senhora vereadora, senhores vereadores, demais autoridades presentes, senhoras e senhores. A todos uma boa noite.

Diante da emoção que me envolve neste momento, e ciente do nervosismo que me tomaria, resolvi escrever umas poucas palavras.

Muitas coisas passaram pela minha cabeça para este momento. Poderia falar de tantas coisas... Como esse não é o momento, apenas sinalizo alguns começos possíveis e que poderiam ser tranquilamente usadas para iniciar essas palavras, assim:

Poderia falar do grande problema salarial que os governos têm dedicado aos profissionais da Educação;

Da violência que os nossos alunos e professores tem sofrido mutuamente;

Do “massacre” que ocorreu na escola em Realengo, que coisa horrível, não?

Poderia iniciar essa fala referindo-me aos avanços alcançados na política nacional e nos desafios do governo para a Educação;

Poderia iniciar referindo-me a satisfação e orgulho de ter uma mulher como presidenta da República do Brasil;

Poderia iniciar falando da morte de Bin Laden e as políticas externas dos Estados Unidos da América;

Nossa... muitos começos possíveis.

A nível local...

Poderia falar desse dia tão importante para o nosso município – 7 de maio;

Das homenagens e homenageados desta noite;

Poderia falar da tristeza da não prorrogação do concurso público de Rio Bonito, visto que eu era praticamente o próximo a ser chamado;

Poderia falar dos projetos que venho desenvolvendo no Colégio Municipal, como o Seminário e o Simpósio de Educação;

Poderia iniciar essa fala referindo-me a perseguição desenfreada a imprensa e jornais locais. Ao bom e velho direito da livre expressão;

Poderia falar da falta de incentivos a novas iniciativas culturais, como a que temos acompanhado com o Projeto Lona na Lua;

Poderia falar da falta de oportunidades para os nossos jovens e os possíveis reflexos disso para nossa sociedade... Há pouco tempo um aluno da rede municipal foi pego com uma arma em punho numa de nossas escolas;

Poderia falar da crise econômica mundial de 2009, onde a “marolinha” não parece ter ido embora de Rio Bonito;

Poderia falar dos embates pela presidência da Câmara Municipal de Rio Bonito. O que muitos classificam como uma vergonha prefiro, apenas, ver como uma possibilidade do regime democrático;

E para terminar as tantas possibilidades de começo para esse momento, poderia falar da tristeza que temos compartilhado com muitos, com o fechamento do único Colégio de ensino médio municipal do nosso município e da região, o Colégio de Ensino Médio Dr. Márcio Duílio Pinto, que tanto contribuiu para a minha formação e de tantos outros de nossa cidade. Colégio premiado tantas vezes pelo ótimo desempenho e aprovações em vestibulares e concursos.

Bom, como esse não é o momento e nem temos tempo para tratar sobre todos esses assuntos, me limitarei aos agradecimentos.

Agradeço a Deus pelo presente mais precioso que tenho... A minha família (minha mãe, a Solange; meu pai Edson, corredor a tanto tempo de nossa cidade; os meus irmãos; a minha noiva Simone e seu filho Lucas; a todos os meus familiares). Uma família com os seus problemas, como todas as famílias, mas com uma virtude, a mais preciosa de todas as virtudes... O amor! Sou fruto de uma família que soube e sabe amar! E é por conta, simplesmente do amor, que hoje recebo essa homenagem tão importante para a minha vida.

Quero dizer que essa homenagem tem um sabor ainda mais agradável porque foi iniciativa de uma pessoa que respeito e admiro muito, a vereadora Rita de Cássia A. B. Martins Gomes. Ter o trabalho reconhecido pela senhora já é uma homenagem sem tamanho. Não tenho palavras para lhe agradecer o reconhecimento e o carinho que tem por mim. Contenho-me no “muito obrigado”.

Faço questão de registrar nesse momento a amizade e, sobretudo a generosidade de Romilda e Hingsley (diretoras do Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça) que acreditaram a todo o momento, nos projetos que por mim foram apresentados. Agradeço também aos meus amigos de trabalho pelo apoio e palavras de conforto nos momentos de dificuldades.

Finalizo essa fala, feliz pela homenagem que me é prestada e declarando a todas as autoridades presentes, amigos e amigas, senhoras e senhores...
Eu, Gelson Gomes Carneiro de Souza acredito na educação de Rio Bonito! A nossa educação pode e merece mais, mas muito mais!

No mais, desejo emocionado a minha mãe, a vereadora Rita de Cássia e, as demais mães presentes... Um Feliz Dia das Mães.

Obrigado!

Trilha Carioca: Etapa de Rio Bonito bate recorde de equipes

Texto: Flávio Azevedo/Fotos: Humberto Souza

Rio Bonito sediou no último domingo (15), a 3ª etapa do Circuito Trilha Carioca de Trekking, que bateu recorde de equipes participantes. Divididos em 55 grupos, os 250 trilheiros curtiram as belezas naturais do Parque Vale Verde, no Green Valley, onde o circuito começou. O evento contou com o apoio da Prefeitura de Rio Bonito, através da Secretaria de Esporte e Lazer (Semel).

O clima e o verde das trilhas riobonitenses fizeram bem aos novos competidores. Todos os vencedores, de todas as categorias – Rota Verde (Elite), Matoceiros (Graduados), Trilhas D’Água (Trekkers) e Rally Sem Car (Novatos) – foram vitoriosos pela primeira vez.

De acordo com os organizadores do circuito, a lama encontrada na trilha deu emoção, provocou escorregões e tornou a prova um verdadeiro “enduro a pé”. O percurso teve trechos de subidas e algumas paradas para recuperação do trilheiro, o que aliviou o esforço físico da maioria das equipes.

O diferencial da etapa Rio Bonito, segundo os organizadores, foi o contexto social, porque a competição contou com a participação de três jovens da comunidade Vital Brasil, em Niterói, que fazem parte de projetos da Superintendência – Centro Leste Fluminense. Destaque também para os alunos de Educação Física da Universidade Gama Filho, que vieram com 60 alunos e formaram 13 equipes.

Sempre com o lema, “caminhar é com agente”, a próxima e última etapa, do primeiro semestre, acontece dia 19 de junho, no Floresta Country Clube, entre a Barra da Tijuca e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. As inscrições, com desconto, estão abertas até o dia 10 de junho. Os organizadores estão esperando número recorde de participantes nessa etapa.

Além do prazeroso contato com a natureza, no fim do circuito os competidores participaram de um sorteio de brindes. Produtos como Curtlo, Deuter, entre outros, todos oferecidos pelos patrocinadores, foram distribuídos entre os participantes.

O que é?

Implantado no Rio de Janeiro há cerca de 10 anos, pelo jornalista Cadu Freitas, o Trekking de Regularidade tem como objetivo estimular a saúde, a consciência ambiental e explorar a privilegiada geografia (relevo e belas trilhas) fluminense. Nesse período já foram organizadas cerca de 120 etapas, que reuniram mais de cinco mil atletas que passaram a conhecer uma nova maneira de caminhar. A Trilha Carioca tem como marca, a realização de atividades com segurança e respeito o meio ambiente.

O Trekking de Regularidade é praticado com equipamentos como calculadora, bússola, cronômetro e um contador de passo. Algumas equipes utilizam equipamentos sofisticados para navegação, como o TOTEM, WINNER e PALM TOP. Baseadas em planilhas de orientação, as equipes calculam a distância e o tempo que são necessários para o cumprimento de cada trecho da prova. Existe um pequeno intervalo entre a largada das equipes, justamente porque o objetivo não é chegar primeiro, mas manter a ‘regularidade’ durante o percurso.


Classificação dos três primeiros colocados de cada categoria

Elite

1º - Rota Verde (478 pontos);
2º - Amigos do Zé (530 pontos);
3º - Discovery (609 pontos).

Graduados

1º - Matoceiros (445 pontos);
2º - Atitude (972 pontos);
3º - Sempre em frente Rexam (1.119 pontos).

Trekkers

1º - Trilhas D’Água (2.674 pontos);
2º - Sequelados (4.318 pontos);
3º - Bike & Lazer (4.386 pontos).

Novatos

1º - Rally Sem Car (1.125 pontos);
2º - Full Time (2.233 pontos);
3º - Native Roots (2.515 pontos).

Fonte: http://www.trilhacarioca.com.br

domingo, 15 de maio de 2011

Rio Bonito/Marajó estreia com derrota no Carioca de Futsal Feminino, mas mantém otimismo

Flávio Azevedo

Em jogo válido pela primeira rodada do Campeonato Carioca de Futsal Feminino, o Rio Bonito/Marajó, jogando no Ginásio Antonio Figueiredo, no Rio Bonito Atlético Clube, foi derrotado pelo Mackenzie – atual campeão da competição – pelo placar de 5x2. O Mackenzie fez valer o seu entrosamento e chegou abrir 3x0 ainda no primeiro tempo, onde ficou visível o nervosismo e o desentrosamento das meninas do alvianil riobonitense. Na primeira etapa a equipe praticamente não chutou a gol.

Com a entrada de Samara Salgado, a torcida se empolgou começou a incentivar e ela correspondeu e marcou o primeiro gol do Rio Bonito/Marajó, que cresceu na partida, mas não chutava a gol. No segundo tempo, a equipe da casa se apresentou melhor, chegou ao segundo gol, mas o Mackenzie jogou no erro do adversário e conseguiu marcar mais dois gols.

Para o Mackenzie marcaram Gleice (2), Priscila (2) e Tamires. Já os gols do Rio Bonito foram marcados por Samara e Karen.

O Mackenzie jogou com Thaissan, Gleice, Rani, Natália e Roberta. Na suplência a equipe visitante contou com Mariana, Diani, Daniele, Priscila, Laura, Viele. O treinador é Ricardo Veloso e o coordenador Dalton.

Já o Rio Bonito/Marajó começou a partida com Natália, Estela, Teka, Salsicha e Mary. As suplentes eram Lorinha, Laís, Samara, Kerla, Verônica, Karen e Daisy. Treinador: Cabeça. Preparador Físico: Rodrigo Barreto e preparador de Goleiro: Guilherme Guimarães.

A arbitragem foi da Federação Carioca de Futsal. O árbitro principal foi Ademário Melo Freitas, que atuou auxiliado por Alexandre Duarte Silva. Atuou como anotador foi Edson Correia de Paula; que atuou ao lado do cronomestrista André Silva Saldanha.

Balanço

Depois da partida, questionada sobre o que achou da estreia, a artilheira Samara lamentou a derrota, mas encarou o resultado com naturalidade. “Nós sabíamos que elas vinham para cima da gente, são as atuais campeãs, mas vamos trabalhar para melhorar”. Sobre o desentrosamento, ela justificou a entrada das novas atletas que ainda não se conhecem. Para o jogo contra o Vasco, na próxima sexta-feira (20), às 20hh30min, também no Ginásio Antônio Figueiredo, ela disse que o fator campo deve ser usado para que a Rio Bonito/Marajó chegue a primeira vitória.

O treinador do Mackenzie, Ricardo Veloso, valorizou a vitória do seu time, disse que o Rio Bonito/Marajó “vendeu caro a derrota” e comentou que “no segundo turno, já com melhor entrosamento, o Rio Bonito/Marajó vai dar trabalho”. Ele também revelou que o Mackenzie passou por uma reformulação e se disse satisfeito pelo fato das meninas terem mantido o nível.
– Somos os atuais campeões da competição, mas é sempre bom saber que o Mackenzie passou por mudanças, inclusive, com a saída do antigo treinador, mas esperamos dar continuidade ao bom trabalho e manter o nosso desempenho – analisou Veloso.

Estamos no caminho certo

Já o treinador do Rio Bonito/Marajó, Júlio César, o Cabeça, disse que para uma partida de estreia, enfrentando um time que é o atual campeão carioca e que vai disputar o Campeonato Brasileiro da categoria, o resultado não foi tão ruim. Ele lembrou o tempo curto que a equipe teve para se preparar, disse que as meninas iniciaram o jogo com muito nervosismo.

Cabeça reconheceu que embora em alguns momentos da partida, a sua equipe tenha equilibrado o jogo, e até dominado as ações, as atletas chutaram pouco contra o gol adversário. “Esse certamente é um fundamento que eu vou trabalhar nos treinamentos. Eu observei esse comportamento e vou corrigir isso para a próxima partida”. Questionado sobre o desempenho das atletas que chegaram para reforçar o time, mas não tiveram bom desempenho, o treinador foi diplomático e destacou que “as atletas têm um período de adaptação e temos que ter paciência!”.

– Ainda faltam nove rodadas, esse foi apenas o jogo de estreia, mas eu precisava colocar quem chegou para jogar, para que eu visse o rendimento delas. Isso já foi, inclusive, tema da nossa conversa do vestiário, alguma decisões já foram tomadas e na próxima partida certamente as coisas serão diferentes, porque o Vasco não vem aqui passear – concluiu.

Vereadores fazem Sessão Solene em clima de calmaria e tranquilidade

Flávio Azevedo

Depois de muita turbulência, troca de ofensas e acusações, suspeitas e até agressões físicas, a Câmara Municipal de Rio Bonito realizou na noite do último dia sete de maio, a tradicional Sessão Solene sem sobressaltos. Na ocasião, os parlamentares homenagearam pessoas que se destacaram na cidade com a medalha Carlos Cordeiro e o Título de Cidadão Riobonitense.

A sessão foi realizada no plenário Zely Miranda, na própria Câmara Municipal. Dezenas de pessoas prestigiaram o evento. Os vereadores Humberto Belgues (PSDB), Saulo Borges (PTB) e Fernando Soares (PMN), que não reconhecem o vereador Marcus Botelho como presidente da Casa, não compareceram a solenidade.

Destaque para os títulos de “Cidadão Riobonitense” que foram oferecidos ao médico Natalino Rotondaro; a coordenadora da Sala de Amamentação e Posto de Coleta de Leite Humano do município, Edite Coutinho do Carmo; o desportista Marcelo Mollica e o prefeito de Silva Jardim, Marcello Zelão (PT).

Já entre os homenageados com a medalha Carlos Cordeiro, destacamos o poeta, escritor, advogado e jornalista, Leir Moraes; a poetisa, escritora e bibliotecária, Maria do Carmo Soares Cordeiro (Carminha); o professor Gelson Gomes Carneiro de Souza; e o empresário, Vitor Hugo Paixão Ximenez.

Discursos

O Procurador Geral do município, Leandro Weber (foto ao lado), um dos palestrantes da noite, destacou como “ato visionário” a desapropriação de uma área de 1 milhão de m² que vai preparar Rio Bonito para o futuro. “O progresso está por vir e nós estaremos prontos para ele”, disse. Já a homenageada Maria do Carmo Cordeiro, em seu discurso, fez um link dos vultos da Cultura riobonitense do passado com os personagens do presente, citando o projeto Lona na Lua. “Que Rio Bonito continue sendo berço de poetas e poesias”.

O prefeito Marcello Zelão (foto ao lado) se disse lisonjeado com a homenagem, destacou que Rio Bonito e Silva Jardim são municípios “irmãos”, revelou que passou boa parte da sua juventude na cidade, “onde, inclusive me casei”; e descontraiu o ambiente agradecendo ao prefeito José Luiz por ter trazido a Receita Federal para Rio Bonito, “porque quando eu deixar de ser prefeito eu vou trabalhar aqui”, disse.

Depois do chefe do Executivo silvajardinense, o professor Gelson de Souza (foto ao lado) roubou a cena com um discurso firme e contundente. Em sua fala, ele criticou “os baixos salários dos professores; a perseguição desenfreada a imprensa e jornais locais; a falta de incentivos a novas iniciativas culturais, como a que temos acompanhado com o Projeto Lona na Lua; o aluno que foi pego com uma arma em sala de aula; os embates pela presidência da Câmara”, entre outros assuntos. Embora seja professor, Gelson é auxiliar de secretaria no Colégio Municipal, mas vem realizando eventos importantes, como o simpósio de Educação em 2009 e o seminário de Educação, em 2010.

O prefeito José Luiz Antunes (DEM) elogiou o clima de tranquilidade entre os edis; parabenizou os homenageados; agradeceu o desembargador Carlos José Martins Gomes, “pelo empenho para que Rio Bonito tivesse um novo Fórum”; e destacou a importância da aquisição da Receita Federal, e do Corpo de Bombeiros para o município. Já o vice-prefeito Matheus Neto (foto à direita) destacou os avanços na Saúde e citou a importância da escola que está sendo construída na entrada da Caixa D’Água. “São investimentos importantes em Saúde e Educação”, avaliou.

Manuel Duarte: o exemplo

O desembargador Carlos José Martins Gomes (última foto), um dos oradores na noite, discorreu sobre Manuel Duarte, “que nasceu em Rio Bonito há 134 anos e foi exemplo para todos nós”.
– Ele foi jornalista, escritor, mas se destacou na política. Eleito em 1927 para o cargo de presidente do estado do Rio de Janeiro, foi tirado do poder em 1930, por conta da revolução, saindo, porém, mais pobre do que quando entrou. Em 1940, Manuel Duarte recebeu uma pensão para poder sobreviver, porque não tinha bens – contou o Carlos José.

O desembargador concluiu com uma alegoria muito oportuna: “Antigamente existia uma sineta na cadeia municipal. Quando ela tocava as pessoas paravam tudo e para lá se dirigiam para saber o que estava acontecendo. Quando a sineta da nossa consciência tocar, que nós possamos parar e repensarmos as nossas lides”, alertou.

O vereador Marcus Botelho, que presidiu a sessão, antes de concluir a solenidade discorreu sobre as dificuldades dos últimos dias, disse que “Deus nos ajudou a estar aqui”, prometeu “um poder Legislativo em consonância com o Executivo”, enalteceu a firmeza do seu grupo de vereadores e concluiu a solenidade dando a entender que percebeu onde o desembargador Carlos José quis chegar: “depois de ouvirmos falar de Manuel Duarte, a nossa responsabilidade aumenta”, finalizou.

sábado, 14 de maio de 2011

Décimo oitavo Encontro Nacional de Capoeira de Rio Bonito é sucesso

Flávio Azevedo

Centenas de pessoas entre praticantes e amantes da Capoeira prestigiaram o 18º Encontro Nacional de Capoeira de Rio Bonito. O evento aconteceu no Esporte Clube Fluminense, no Centro, na tarde do último dia 7 de maio. Tendo como anfitrião o capoeirista Fernando Souza, o mestre Carcará, líder do grupo “Capoeira Gigante”, o evento foi recheado de emoção e novidades.

A emoção ficou por conta da graduação de Eduardo Feijó (foto 2), que se formou em mestre de capoeira e outros alunos da academia “Gigante”, que funciona na Avenida Manuel Duarte, ao lado do Colégio Rio Bonito.

Depois de receber o cordel de mestre e um troféu, tudo isso acompanhado de perto pela família, Eduardo foi ovacionado pelos colegas que gritavam "dudu, dudu, dudu, dudu", como ele é mais conhecido. Em seguida teve a oportunidade de jogar capoeira com os principais mestres presentes, entre eles o mestre Carcará (foto 1).

Já as novidades ficaram por conta do mestre Carcará. Ele anunciou que nos últimos anos preparou os seus principais alunos para que um dia pudessem substituí-lo no comando do Grupo Capoeira Gigante.
– Já há algum tempo eu venho preparando vocês para me substituírem. Parece que essa época está chegando. Logicamente eu não vou deixar a capoeira, mas vou me ausentar com mais freqüência, terei que viajar bastante nos próximos meses, mas vou tranquilo porque tenho certeza que o grupo está em boas mãos – comentou Carcará, que é um dos mestres mais respeitados do Brasil.

Em entrevista ao programa “O Tempo em Rio Bonito”, no dia 1º de maio, Carcará (foto 3) disse que vai viajar, provavelmente no mês de junho à Europa, onde tem vários compromissos, entre eles, visitar um núcleo do Grupo Capoeira Gigante, que existe em Paris/FRA, onde 52 alunos praticam capoeira. “Quando descobriram que eu estaria na França, outros grupos requisitaram a minha presença. A notícia se espalhou pela Europa e já estou convidado para ir em outros países”, revelou o capoeirista, que deve passar por países como Polônia, Israel, entre outros.

O 18º Encontro Nacional de Capoeira contou com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) e foi uma das atrações dos 165 anos de emancipação político-administratica de Rio Bonito.

Seminário discute educação inclusiva em Rio Bonito

Ascom/RB

Pioneira na implantação de cursos gratuitos de educação inclusiva no Estado, a Prefeitura de Rio Bonito, através da Secretaria de Educação e Cultura, irá promover entre os dias 17 e 19 de maio o I Seminário de Educação do município com o tema “Rio Bonito potencializa a diversidade e você?”. O evento, voltado para os profissionais da rede de ensino municipal, será realizado no Motorista Futebol Clube.

Durante os três dias de evento serão discutidos assuntos como autismo, deficiência intelectual na abordagem pedagógica, políticas públicas na área da surdez e formação de profissionais em libras e nas dimensões clínica e social. Estão confirmadas as presenças de representantes do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

No primeiro dia do seminário, 17, será lançado o Projeto Bernardino Lopes Acessível à Todos. Um kit com DVD filmado pelos cursistas de Libras do município, livro em braile e um em tinta ampliado, além de um cd de áudio feito pelo Instituto Benjamin Constant (IBC). Foram selecionados 26 poemas do poeta riobonitense e contados de forma historiada com o objetivo de que os cegos sejam estimulados a conhecer mais a história do poeta.

De acordo com a Coordenadora de Inclusão, Garrolici Alvarenga a idéia surgiu durante os cursos de Libras, Soroban, Braile. “Somos os pioneiros na implantação dos cursos e mais uma vez somos o primeiro município a lançar um kit de áudio e visual gratuito voltado para surdos, cegos e os de pouca visão”, afirmou a professora acrescentando que cerca de dez alunos participaram da gravação do DVD. Ao todo foram produzidos 200 kits que serão enviados para as escolas, Governo do Estado, entre outras instituições.

Estão abertas as inscrições para o Curso de Braile. Os interessados têm até o dia 30/05 para se inscrever no site www.especialjr.com.br. A prioridade é para profissionais da educação, mas está aberto a toda a comunidade. As aulas serão realizadas três vezes por semana (segunda, terça e quinta) na Escola Municipal Dr. Paulo do Couto e Pfeil.

Acidente com morte na ViaLagos reacende discussão sobre a falta de muretas na rodovia

Flávio Azevedo

O acidente que causou a morte de duas pessoas na RJ – 124 (Via Lagos), rodovia administrada pela concessionária CCR ViaLagos, na tarde do último sábado (7), no km 6, na altura da localidade de Palmeiras, em Rio Bonito trás a tona um velho debate: a falta de muretas centrais ao longo dos 56 Km da rodovia, que foi privatizada há 14 anos, tempo que os usuários sempre reclamaram do preço do pedágio, considerado o mais caro do Brasil, e também a falta das muretas.

Com o objetivo de repercutir o problema e provocar uma intervenção do Governo Federal, o presidente da Comissão Especial de Desenvolvimento Econômico e Social da Baixada Litorânea, o deputado estadual Miguel Jeovani (PR), realizou uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), no dia 26 de abril.

Presente a audiência, o diretor presidente da CCR ViaLagos, Marcio Roberto (foto), afirmou que no contrato de concessão assinado com o governo estadual em 1996 existe uma cláusula que prevê a obra da mureta central quando a rodovia atingir o fluxo médio de 20 mil veículos/dia.
– Se estamos falando em melhorar os serviços, muito nos interessa, como empresa privada que somos, realizar. Investimento novo somente através de compensação, seja através de aumento da tarifa, aporte dos governos estadual ou federal, ou até mesmo por meio de prorrogação do contrato – disse o presidente, após afirmar que a concessionária investiu 75% em novas construções e 25% em obras de repavimentação.

Novo debate

Com o objetivo de repercutir o problema e provocar uma intervenção do Governo Federal, o deputado estadual Miguel Jeovani (foto) também levou o caso ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que já teria pedido a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que o caso seja analisado por ocasião da revisão do contrato de concessão da empresa, “principalmente por se tratar de um problema que envolve a segurança no trânsito e o risco de milhares de vidas”.

Em audiência com o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, o deputado Miguel Jeovani, apresentou um dossiê, com uma série de informações e fotos dos acidentes que são atribuídos a falta da mureta central. No encontro o deputado questionou: “uma cláusula contratual é mais importante que uma vida?”.

– Apesar de todos os esforços dos condutores pedindo as melhorias na rodovia, que tem o pedágio mais caro do país, a concessionária se nega a construir a mureta central. É fato que a maioria dos acidentes é gerado pela falta da divisória, já que os veículos invadem a pista contrária, sem falar na quantidade de curvas na extensão da pista – afirmou o parlamentar.

O acidente

Morreram no acidente do último dia sete de maio, os motoristas, Antônio Ferreira dos Santos (57), morador de Araruama; e Eduardo Villas Boas Tomé Torres (47), do Rio de Janeiro. Eles dirigiam um Fiat Siena e um Honda Fit, respectivamente. Os veículos bateram de frente e a morte teria sido instantânea.

No Fiat Siena também viajava Flávia Marteloti (40). Já no Honda Fit, Elizabeth Jesus Ferreira de Souza (51) estava no carona. As duas mulheres sofreram ferimentos graves e foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araruama.

No Fiat Siena, ainda viajava uma criança de cinco meses (filha de Antônio e Flávia), que sofreu apenas arranhões.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Prefeito José Luiz afirma que Rio Bonito se tornou um canteiro de obras

Flávio Azevedo

O prefeito José Luiz Antunes (DEM), disse no último domingo (8), em entrevista ao programa “O Tempo em Rio Bonito”, da Rádio Sambê FM (98,7), que o município está se transformando num canteiro de obras, dado o volume de investimentos que Rio Bonito está recebendo através de convênios firmados com os governos do estado e federal e também de recursos próprios. Acompanhado do vice-prefeito Matheus Neto, ele ressaltou que “em quase todos os bairros existem obras acontecendo. E nas localidades em que a Prefeitura ainda não chegou, com certeza, até o final do meu mandato nós iremos fazer alguma melhoria”.

Segundo o chefe do Executivo, depois do município enfrentar sérios problemas em 2008 e 2009 com os temporais que atingiram vários bairros de Rio Bonito, e a crise econômica que assolou o planeta, “finalmente nós estamos conseguindo colocar a cidade nos trilhos”. Ainda segundo José Luiz, as solicitações feitas naquela época, as emendas parlamentares pleiteadas aos deputados federais, “só agora estão sendo liberadas”, explicou.

O prefeito mencionou obras que já foram concluídas, apontou obras que estão próximas de serem entregues à população e destacou duas realizações que ele classifica como importante para o desenvolvimento do município. “A praça da Praça Cruzeiro, uma propriedade bem localizada que nós desapropriamos por cerca de R$ 500 mil; e as obras do segundo bloco do Centro Administrativo Municipal, no segundo galpão da antiga Nadisa; já foram iniciadas”, salientou José Luiz, frisando que a descentralização do município e a diminuição dos prédios alugados são compromissos da sua administração.

Ainda segundo José Luiz, como acontece em toda administração, as críticas ao seu governo são muitas, mas o que está sendo realizado não tem sido comentado. Para ele, “investir em saneamento, pavimentação e infraestrutura é investir em Saúde”.
– Nós recuperamos a Rua Porfírio Ernesto de Mendonça (Estrada de Rio Vermelho) e estamos realizando obras nos bairros do Ipê, Monteiro Lobato, na Praça B. Lopes, na Praça Cruzeiro (Estrada Herculano Faria de Mendonça) e na Mangueira do Rio do Ouro (Estrada Velha da Posse). Todas essas realizações atendem antigas reivindicações – analisou.

Outras obras

Ainda falando sobre as obras da sua administração, o prefeito citou a construção de pontes e galerias em localidades como Praça B. Lopes, Boa Esperança (Cavalo Russo), Braçanã, Catimbau e Cachoeira dos Bagres. “As últimas chuvas de verão trouxeram muita destruição, principalmente no interior do município. Por isso, nós não só estamos recuperando o que foi destruído, mas estamos construindo novas estruturas que vão resistir às próximas chuvas”, ponderou o prefeito, apontando a ponte do Condomínio Industrial – que dá acesso a Cachoeira dos Bagres – como um instrumento importante para alavancar o desenvolvimento do Condomínio e da cidade.

As localidades Jacuba, Green Valley, Viçosa, Boqueirão, Bairro das Olarias, Rio Vermelho e Cajueiro, também receberão, de acordo com o chefe do Executivo, obras de saneamento e pavimentação até o fim da sua administração, em dezembro de 2012. “A rua do entorno da Praça do Green Valley e a Rua Rubens Pereira Antunes, na mesma localidade, serão pavimentadas. O convênio já está assinado com o governador Sérgio Cabral”, disse o prefeito, revelando que as obras seriam iniciadas no início do ano, “mas aquela desgraça que aconteceu na Região Serrana fez com que o governo do estado direcionasse os recursos para aquela região. Nós precisamos ter paciência”.

O prefeito também mencionou a construção de uma escola de três pavimentos, com instalações modernas e 45 salas de aula, na entrada da localidade da Caixa D’Água – está na fase final da obra – e a construção do novo prédio da Biblioteca Municipal, que será erguido na antiga Estação Ferroviária, classificada pelo próprio José Luiz como “o prédio mais feio da cidade”.
– É importante as pessoas saberem que eu não acabei com a Biblioteca Municipal. Eu reconheço que ela não está bem instalada e o usuário daquele espaço merece mais conforto. Porém, o prédio que nós projetamos para abrigar a biblioteca é fantástico! Também está previsto no mesmo lugar (estação ferroviária), a construção de uma sala vip para abrigar os taxistas e os passageiros que estiverem aguardando a corrida, o que também é uma antiga reivindicação dos taxistas e usuários – comentou.

Investimentos na Saúde

Embora o prefeito José Luiz Antunes tenha sido rotulado pelos seus adversários como um administrador que não dá importância para a Saúde, ele apresentou iniciativas que apontam em outra direção. O prefeito lembrou que no seu primeiro mandato (93/96), a implantação de um Banco de Sangue era urgente e essa foi a sua primeira realização. Ele também recordou que os pacientes que necessitavam de hemodiálise eram atendidos no Rio de Janeiro. “Assim que eu assumi a administração municipal eu trouxe a Clínica de Doenças Renais (CDR) para Rio Bonito”, rememorou.

O chefe do Executivo destacou que “políticos que se dizem preocupados com a Saúde tem muitos, mas é em nossa administração que o município está apresentando significativos avanços”. Ele recorreu ao vice-prefeito Matheus Neto, “que está mais presente na Secretaria de Saúde” e pediu que ele falasse sobre os investimentos que estão sendo destinados à pasta.

O vice-prefeito abordou a gestão plena dos recursos da Saúde, mudança apontada como “divisor de águas” para o setor; discorreu sobre o núcleo de tratamento de câncer (Unacon), que está sendo construído nas dependências do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV); ressaltou a participação do município na construção do Centro de Terapia Intensiva (CTI), também no HRDV; lembrou a implantação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA); destacou que ela foi apontada como a melhor unidade do estado; e disse que o sucesso alcançado nesses equipamentos de alta complexidade será estendido a rede básica do município, sobretudo ao Ambulatório Municipal (Loyola) e ao Esperanção, no 2º Distrito.

O credenciamento do município no Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde para transformar Rio Bonito num pólo de cirurgia oftalmológica e ortopédica, utilizando a estrutura do HRDV, segundo Matheus, “um parceiro importante do município na promoção da Saúde”, também foi apontado pelo vice-prefeito como um avanço no setor. Ele também mencionou a criação de um Centro Cardiológico, que vai funcionar no segundo piso do prédio onde foi implantado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), na Mangueirinha.

Funcionalismo

O salário dos servidores municipais de Rio Bonito, reconhecidamente um dos mais baixos entre as prefeituras da região, foi outro ponto abordado pelo prefeito, que lembrou as ações do saudoso militante Alcides Manhãs, o popular Badu, figura que se notabilizou pela sua ligação com movimentos trabalhistas e a luta por melhorias salariais para a categoria. Segundo o prefeito, no seu primeiro mandato foi criado o triênio, “uma premiação reivindicada por Badu, que era um cricri, mas um grande defensor da categoria e nós atendemos as suas reivindicações”.
– Quando assumimos a prefeitura em 2005, o funcionalismo estava sem receber aumento há oito anos. Nós temos preocupação com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), um instrumento que veda ao gestor público gastar mais que 54% do orçamento do município com a folha de pagamento, mas nós aumentamos o salário do funcionalismo em várias oportunidades. Esse ano, por exemplo, nós fizermos uma revisão salarial onde foi dado 5,909%, que o funcionalismo receberá com data retroativa a janeiro de 2011 – disse José Luiz frisando que o reajuste será pago de forma parcelada.

O prefeito destacou a contratação do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), “que vai nos ajudar muito a melhorar essa questão”, apontou a criação de uma comissão, “que está contando, inclusive, com a participação da categoria (servidores concursados)”, frisou que as perdas salariais do salário do funcionalismo não aconteceram na sua gestão, mas em outra administração, “porque o governo de Mandiocão é o seguinte: pinga, mas pinga sempre!”, concluiu o prefeito, lembrando que os municípios vizinhos têm royalties – referentes ao petróleo – muito maiores que Rio Bonito, “que, inclusive, nos últimos anos teve o seu repasse diminuído”.