sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Autopista Fluminense aumenta preço do pedágio

Por Flávio Azevedo

Começou a vigorar no último dia 2 de fevereiro (quarta-feira), o novo preço do pedágio da Autopista Fluminense, concessionária que administra a BR-101. A tarifa básica passa de R$ 2,60 para R$ 2,80. De acordo com a concessionária, o Contrato de Concessão, assinado entre Autopista Fluminense e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em 14 de fevereiro de 2008, prevê reajuste anual da tarifa sempre na data de aniversário, sempre no segundo dia de fevereiro.

A nossa reportagem foi às ruas saber a opinião dos riobonitenses quanto ao reajuste e descobriu que o novo valor da tarifa não agradou. O bombeiro hidráulico, Adelson Cardoso Araújo, de 44 anos, morador da Serra do Sambê, é um profissional requisitado para serviços em Rio Bonito e região. De acordo com ele, é impossível não repassar o reajuste aos clientes.

– Eu trabalho em Rio Bonito, mas tenho vários clientes em Silva Jardim, Saquarema, Rio das Ostras e não posso ficar no prejuízo. Para chegar a Rio das Ostras, por exemplo, nós passamos por dois pedágios, ou seja, ida e volta são quatro pagamentos, o que hoje dá R$ 11,20. E quem passa todos os dias, paga quanto no fim o mês? – questionou Araújo, que concluiu com uma reflexão: “no início esse pedágio era baratinho, mas já está aumentando, onde será que isso vai parar?”.

O motorista Júlio Bernardo, 38 anos, também morador da Serra do Sambê, questionado sobre o assunto, classificou o reajuste da tarifa do pedágio da BR – 101 como “pouca vergonha”.
– Eles aumentaram a tarifa, porque passam poucos carros pela rodovia, que está em péssimas condições. Para conseguir dinheiro suficiente para fazer as melhorias necessárias na estrada, eles precisaram aumentar o preço do pedágio. De qualquer maneira, a BR – 101 ainda está melhor que a ViaLagos, onde, principalmente nos fins de semana, o pedágio é baratinho – gracejou Bernardo.

A vendedora Clébia Arruda, 26 anos, moradora do Centro, disse que por conta do trabalho ela passa várias vezes nos muitos pedágios das rodovias da região. Assim como milhões de outros brasileiros, ela questiona a cobrança do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). “O governo argumenta que o recurso arrecadado com o IPVA é destinado a manutenção de estradas e rodovias, mas já que existe esse monte de pedágio por aí, esse tributo deveria ser suspenso”, disse a vendedora, que ainda fez outros questionamentos.
– Todos nós sabemos que o IPVA é um imposto estadual, mas e as rodovias federais e municipais? E os pedágios? Nós estamos pagando o mesmo imposto duas vezes! Será que as nossas autoridades não estão vendo isso? Somos explorados descaradamente e não temos a quem recorrer – desabafou a vendedora.

Nossa reportagem visitou alguns supermercados da cidade, como Tinoco e Multi Mix, para saber se as compras entregues em domicílio, sobretudo em bairros mais distantes, localizados depois do pedágio (no Sambê), receberia algum tipo de reajuste. Os gerentes, de ambos os mercados, esclareceram que não haverá nenhum tipo de reajuste para os clientes.

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