quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Violência, insegurança e as realidades não discutidas nesta eleição!


Ceará – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes (foto) foi assaltado na última terça-feira (12), quando caminhava no calçadão da Av. Beira-Mar, na praia do Náutico, em Fortaleza. Cinco bandidos roubaram o cordão de ouro do ministro, que passava o feriado prolongado na capital cearense. O ex-presidente do STF já tinha sido vítima de um assalto no mesmo local, no dia 29 de junho de 2008.

Trânsito – Bandidos aproveitaram o caos das estradas fluminenses para atuar. Uma tentativa de arrastão na Rio-Teresópolis (BR-116), teve como vítima o cantor Ivan Lins (foto), que ficou sem seu carro, um Toyota Corola, que foi levado junto com pertences e documentos do cantor e da esposa. O assalto aconteceu na pista sentido Rio, por volta de 11h30. O músico foi rendido, na altura de Saracuruna, em Duque de Caxias, por quatro criminosos armados de pistolas e fuzil.

Mato Grosso do Sul – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu na manhã do último dia 7 de outubro, na BR-267, em Bataguassu, no interior do Mato Grosso do Sul, 4,8 toneladas de maconha. A droga estava escondida no reboque de uma Scania (foto) com placas do Paraná. O produto estava embalado em sacos plásticos debaixo de uma carga de aveia. O motorista foi preso em flagrante. Em depoimento, ele disse que o destino da maconha era São Paulo. Em 2010, a PRF já apreendeu 28 toneladas de maconha nas estradas sul matogrossenses.

Rio de Janeiro – Um dos maiores fornecedores de drogas do Rio de Janeiro está de volta às ruas. Cristiano de Sá Silva, o Abelha (foto), ganhou, na semana passada, o benefício da Visita Periódica Familiar (VPF), saiu pela porta da frente do Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro, em Niterói, seguiu para a Favela da Rocinha e não voltou mais. Ele deveria ter retornado à prisão às 22h de sábado. Esta é a quinta vez que Abelha fugiu de cadeias cariocas, sempre após receber benefício judicial.

Rio Bonito – Dois bandidos roubaram, por volta das 9h, do último dia 6 de outubro, o Santana, placa LSK 0265, de Cachoeiras de Macacu, da dona de casa Renata Rezende Batista (31), moradora de São Gonçalo. Ela foi abordada pelos bandidos quando chegava ao CARB, no Centro, para uma consulta médica. Além de roubar o carro, os bandidos também fizeram a vítima de refém. No km 271, próximo a entrada do Basílio, o motorista perdeu o controle do veículo, bateu violentamente na mureta de proteção da pista e capotou (foto). Enquanto tentavam fugir, os bandidos foram alvejados pela polícia. No hospital, Diogo de Oliveira (25), morreu. Já Carlos Bruno Melo (24) foi operado e transferido para um hospital penitenciário.

Os cinco episódios elencados neste texto mostram que a insegurança é uma realidade em todo país e atinge pessoas de todas as classes sociais. No primeiro caso, por exemplo, a vítima foi um ministro do STF; no segundo, uma pessoa famosa; já no terceiro, o tema é o tráfico de drogas, um setor que parece ser mais organizado que entidades governamentais, por não enfrentar problemas como burocracia, má vontade e corrupção. Aliás, no crime não existe impunidade. Quem vacila morre!

A quarta história deixa claro o que leva o crime sempre levar a melhor sobre a lei. É que o nosso sistema prisional é uma piada. Além disso, as nossas leis, que são bem rígidas, contam com regras atenuantes que beiram o ridículo. A quinta narrativa, um caso doméstico, revela que Rio Bonito perdeu – e, há muito tempo – a característica de cidade pacata e interiorana.

Enquanto isso, no debate presidencial (foto) do último domingo (10), promovido pela TV Bandeirantes, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), pareciam crianças mimadas fazendo acusações entre si. Enquanto essas duas marionetes (Dilma e Serra) discutem religião, e baseiam as suas propostas à luz de conceitos religiosos, esquecendo que o estado é laico – e não abrimos mão disso – os problemas brasileiros continuam ausentes da agenda de debates.

O 1º turno se foi, o 2º já está acabando, e ainda não vimos, por parte dos candidatos, reflexões firmes sobre insegurança, desemprego e desigualdade social, temas que acreditamos serem vitais para o funcionamento equilibrado do país.

Os candidatos pensam que anunciar programas compensatórios (Bolsa isso, Bolsa aquilo, UPA, UPP, Clínica para recuperação de dependentes químicos, PAC, linhas de crédito com juros absurdos, entre outras coisas) é o mesmo que pensar propostas para Saúde, Meio Ambiente, Educação, Salário Mínimo, Lazer, Transporte, Cultura, Habitação, Esporte, Turismo, Propriedade da Terra, entre outros temas que não estão sendo pensados por quem pretende gerenciar a nação brasileira.

Talvez seja por isso, que o povo está mais interessado em discutir “quem matou Saulo Gouvêa (foto)?”, personagem da novela global “Passione”, o sucesso de Tropa de Elite 2 e o resgate dos mineiros chilenos.

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